Cotoveladas

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Azul ou Verde?!

Uma ida ao hipermercado em obras e repleto de famílias sôfregas por fazer as compras do mês não é, de facto, a melhor maneira de terminar uma semana de trabalho bem recheada de aulas, correcção de testes e reuniões intercalares, mas a despensa e frigorífico vazios a tal me obrigaram. Como se não bastasse, a tarefa foi dificultada por um par de botas bicudas de salto, por um uma mala que parecia pesar toneladas e pelo facto de ter perdido dois carros no espaço de vinte minutos.
Passo a explicar: primeiro, não sabia onde tinha largado o carrinho de compras e tive de, qual barata tonta, palmilhar meio estabelecimento com uma pilha de produtos de higiene pessoal nas mãos; para falar verdade, eu até acho que não sou assim tão azelha e que alguém mudou o meu carrinho de sítio... O segundo carro que misteriosamente desapareceu, já se está a ver, foi o cinzentinho que me acompanha para todo o lado. Eu até tinha decorado que estava estacionado no H7 - azul, não havia dúvidas, mas qual não foi o meu espanto quando desemboquei na zona laranja; depois de uma cuidada observação da área envolvente, socorri-me do segurança mais próximo: «Preciso de ajuda, o meu carro está estacionado na zona azul...», «Não terá confundido o azul com o verde?!». Nesse momento, fez-se luz na minha cabecinha e recordei todas a discussões (saudáveis) que tenho com o minha mãe quando tentamos, em vão, distinguir o azul turquesa do verde mar e do azul esverdeado... e não chegamos a conclusão alguma, porque cada uma fica "na sua" (sim, não é por acaso que a teimosia é um dos meus traços dominantes, e a herança não é só materna!!). Em resposta ao segurança, fiz um sorriso simpático e desculpei-me: «Claro, que cabeça a minha, verde, era o que eu queria dizer...».
Como além de teimosa também tenho a minha pontinha de orgulho, ainda estou a ponderar relatar este episódio à mãe... Eh! Eh!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

O pior é se a gente se habitua!

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Auto-retrato!

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Anos 70 e 80

“Dentes fortes, gengivas sãs: só com Pasta Medicinal Couto…”

“Uma Bomboca de morango fachavôr…
Ai! Que lá vem outra vez a invasão!!!!”

“Lá num país cheio de cor, nasceu um dia uma abelha…”

Não há só estas e não são só para mim: há mais aqui.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Fame ou Fama?!



Este sábado fui ver FAME, o musical. Ou melhor, fui ver FAMA, o musical, já que todo o elenco era português, dos bailarinos oas cantores e actores. Gostei de ver toda aquela gente ainda nova, cheia de vida, de empenho, de vontade de mostrar que também são capazes de fazer um musical.
Tenho de admitir que, depois de ter sido enganada ao comprar bilhetes para algo que pensava ser o musical Americano, com os profissionais da Broadway, até fiquei agradavelmente surpreendida. É que estes senhores portugueses, se calhar para não correrem risco de não terem audiência, não se identificaram em nenhum cartaz, bilhete ou bilheteira. Assim, levaram com certeza como eu, e conheço alguns casos, muito boa gente a pagar 50 euros a pensar que ia ver um espectáculo de produção internacional, como os muitos musicais que por aqui passam. Pois não eram nem da Broadway, nem do West End Londrino, mas sim de uma escola ou academia ou seja lá o que for, até à data não identificada, do nosso bom Portugal Nortenho.
Quando lá cheguei já sabia para o que ía, mas também já tinha comprado os bilhetes há umas semanas e só no dia da estreia se começou a falar no suposto musical e a anunciar-se que era, na realidade, uma produção nacional. Portanto, foi tudo um belo embuste neste nosso país que parece, nos últimos tempos, ter sido invadido por uma onda de vigarice ambulante. Só nunca esperei que chegasse ao meio cultural!
Bom, deixando de lado os enganos, o espectáculo até foi bom, mas ficou muito aquém dos musicais internacionais. Notava-se claramente que não eram profissionais, mas demonstraram ser capazes de dançar, cantar e representar, com muito trabalho árduo, não dúvido, por trás.
Ou seja, eu até teria ido ver sabendo que eram portugueses, mas pagando metade do que paguei, e sairia de lá satisfeita por termos tanta gente capaz e empenhada em fazer boas coisas por cá. Aplaudiria com mais satisfação, pois não estaria à espera dos profissionais, e por não ter sido levada em erro, com toda a certeza propositadamente.
Conclusão: verifiquem bem todos os espectáculos que forem ver na compra dos bilhetes. Qualquer dia compramos bilhetes para os Stones e saí-nos a banda de garagem do Algarve, que por acaso tem o mesmo nome.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

É de ler!

OS PAIS E A ESCOLA
Há uma confusão de papéis que está (desde há vários anos) a minar o processo de ensino: o papel dos pais. Quando alguém refere que os pais devem "participar no processo educativo", está na verdade a dizer "ensinem os vossos filhos a serem pessoas, que os professores providenciarão outras competências. O que está a acontecer, na prática, é que grupos de pessoas que não têm mais nada que fazer passaram a entrar nas escolas, a pôr e dispôr e infernizar o já duro trabalho dos professores, com o consentimento apático, quando não a aprovação do Ministério da Educação. Casos aberrantes, como de pais que metem processos a professores que, detectando deficiências mentais, óbvias, em alunos, os tentam colocar em aulas com apoio acontecem. O problema é quando, por exemplo, no interior, um pai toma o reconhecimento da deficiência como um "fracasso" seu e age vingativamente contra o mensageiro.Outros casos são mais simples e têm a ver com comportamentos marginais no interior dos recintos. Professores assistem à formação de gangs de adolescentes ociosos e desresponsabilizidados sem que possam fazer nada.As associações de pais, são um lóbi crescente que serve os interesses dos vários governos. Basta olhar para o Orçamento de Estado para se ter uma noção da fatia que a Educação toma. Cortar na verba dispendida com os professores (era interessante analisar a percentagem gasta com funcionários do ministério de pessoal administrativo e de não-limpeza/não-guarda de putos das escolas...), aproveitando ainda para se vingar de uma classe que os chateou lá atrás, psicanaliticamente falando, é ouro sobre azul. Nunca ouço grupos de pais a dizerem que se estão a organizar para "ir trabalhar nas actividades extra-curriculares", por exemplo. Seria interessante, já que se empenham tanto...Estamos a criar uma nação de iletrados, inúteis e marginais. E enfiar pais que não educam em casa mas que sabem imiscuir-se ignorantemente nas escolas, não vai ajudar.
Possidónio Cachapa

Tomei a liberdade de colocar aqui o texto para o qual fui chamada à atenção pela T-shelf. Vale a pena ler pela verdade que se diz e que parece ninguém querer admitir. Nem os profs. que "habitam" as escolas e levam diariamente com estas intromissões na vida profissional e ainda sorriem a seguir. A falta de respeito, de autonomia e autoridade está de tal forma enraizada que já aceitamos tudo o que nos impõem sem um "pio".
Ainda hoje me questionei sobre o papel do pai na reunião intercalar em que participei. Calado, tirando notas num caderno e ouvindo todo o processo de uma reunião de professores: notas de testes, avaliação dos alunos, comentários, programas e descrições de aulas e pedagogias, etc e tal. E perguntei-me: Porquê? Está a tirar notas de quê? O que é que ele percebe disto?
Pois é, nada de nada. Mas não interessa! O facto é que está lá, para depois ir comentar com tudo o que é vizinho que o prof. y disse que o menino x não sabia ler ou escrever.
Eu não entendo o que poderia eu fazer numa reunião de bancários, médicos, enfermeiros, juízes ou qualquer outro tipo de actividade que não fosse a minha. Qual o motivo? Porque presta um serviço às pessoas, eu, como alvo directo dos seus préstimos, imiscuo-me e participo nas suas reuniões técnicas e profissionais? E ainda mando as minhas ignorantes opiniões?
Por favor! Isto só acontece no ensino porque os profs. são de facto uma não classe, sem classse alguma, onde cada um só zela por si próprio e não há consciência profissional absolutamente nenhuma. Só assim podemos deixar-nos f**** desta maneira.

"Erros meus, má fortuna..."

Eu e a Pantera estamos a desesperar com o segundo texto do Campeonato Nacional de Língua Portuguesa. Apesar de haver algumas divergências nas palavras/expressões a verde, as que nos suscitam mais dúvidas são as que estão a azul:

"Ao ser hoje empoçado como Presidente da República, prometo solenemente a todos os dignatários do Estado que lutarei com denodo em prole do pais, nas diversas árias em que se faz sentir a crise nacional. Farei o que poder para vencer quaisqueres obstáculos que à nossa frente se perfilem!
O défice português provem de muitos problemas cuja solução global é difícil e não se compadece com meias palavras ou com meias medidas. Como sabem, o panorama está longe de ser edílico, mas eu nunca fui um homem de meias tintas! Por isso, faço tensão de propôr ao governo, assim que me reunir com o primeiro ministro, um conjunto de leis corajosas e eficazes a aplicar com a maior urgência. Só assim franquiaremos * com toda a confiança as portas do nosso futuro colectivo."

12+3+3=18 Erros
Aceitam-se, por isso, sugestões...
Rectificação:
13 (*franquiaremos) +3 +3=19 Erros

terça-feira, fevereiro 14, 2006

"Lamechices" de namorados


Bebezinho do Nininho-ninho:

Oh!
Venho só quevê pâ dizê ó Bebezinho que gotei muito da catinha dela. Oh!
E também tive munta pena de não tá ó pé do Bebé pâ le dá jinhos.
Oh! O Nininho é pequenininho!
Hoje o Nininho não vai a Belém porque, como não sabia se havia carros, combinei tá aqui às seis ho'as.
Amanhã, a não sê qu'o Nininho não possa é que sai daqui pelas cinco e meia. (desenho de uma meia) (isto é a meia das cinco e meia).
Amanhã o Bebé espera pelo Nininho, sim? Em Belém, sim? Sim?
Jinhos, jinhos e mais jinhos.

Fernando.
In: Cartas de Amor, Fernando Pessoa
Até os grandes poetas deixam de saber escrever, portanto: muito cuidado com o Cupido!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Menos um dia


para as tãos esperadas férias! Finalmente vou sair do frio para o calor tropical! Ufa!
Mariachis, mar azul, Maias e enfim, o tão desejado calor...
Já faltou mais!

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

??!

Num zapping matinal, deparo-me com uma reportagem que dava a conhecer a revolta de alunos e professores, que fecharam a escola a cadeado, por o Ministério ameaçar a fusão da mesma com uma outra. Enquanto um professor exprimia a sua preocupação face a tal mudança, os alunos, de braços no ar, gritavam em uníssono: "Assassinos! Assassinos!".
Sentei-me no sofá, esfreguei os olhos e reflecti: ou os alunos não sabem o significado da palavra que entoam, ou então eu ainda estou estremunhada e a notícia refere-se a um qualquer serial killer que anda por aí à solta. Como a primeira hipótese é demasiado descabida, concluí que ainda não tinha acordado verdadeiramente...

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

"Sabichão"

Quem se lembra do "Sabichão"?

Eu já me tinha esquecido...
até ver isto!

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Mais Manias

Contrariando a minha mania de quebrar correntes, e visto que foi a Carlinha a passar-me esta, aqui vai disto:
1- bebo café sem açúcar, mas, mesmo assim, uso sempre a colher para mexer;
2- transporto sempre uma garrafinha de água comigo, porque estou constantemente a bebericar;
3- quando viajo, nunca me esqueço do repelente de insectos;
4- saio sempre de casa com os minutos contados, mesmo quando tenho todo o tempo do mundo;
5- tranco as portas do carro assim que me enfio lá dentro.
Ao contrário da batata quente da Cotovia, a minha ainda não caiu no chão, mas está a escapar-se direitinha para as mão da Lana, que eu sei que até gosta destas coisas!

Manias II

É só por que foi a Carla que me passou a batata quente…

1- Detesto sentir açúcar, café ou migalhas de pão debaixo das mãos ou dos pés;
2- Adoro rebentar bolhinhas de plástico (não são estas, são mesmo as verdadeiras!) e, às vezes, isto chega ao cúmulo de não prestar a mínima atenção ao que se passa à minha volta, enquanto não as tiver rebentado todas;
3- À sexta-feira, à noite, tenho sempre de fazer/ter um jantar mais especial (mesmo quando chego às onze horas!);
4- Detesto beber água depois de chocolate, ou depois do café;
5- Tenho a mania das vírgulas e dos acentos (se eles existem, devem ser usados).

E pronto. Já está!

Ai… ai… aaaii….

PLOCK!!!
A batata quente caiu; não dá para passar a mais ninguém (eheheheh)….

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Manias? Quais manias? Eu não tenho manias!?

Só alguns pequenos pormenores de personalidade!
1- Mau acordar. Arraso qq um que se "meta" comigo logo de manhã. Se não gostar do que ouço é discussão certa!
2- Discutir ou debater temas vitais à beira do sono. Pobre compincha que comigo partilha os lençois! Lembro-me sempre daquela coisinha que ficou entalada e que tenho mesmo que dizer qdo vamos dormir. Só termina com o ressonar de cansaço do "alvo"!
3- Mudar a estação de rádio qdo ouço Metallica, Guns and Roses ou Bon Jovi. Pois, são mesmo os que eu não consigo ouvir, para além dos "pimba", claro.
4- Ler revistas e jornais de trás para a frente. Não sei porquê! Dá-me mais jeito começar pelo fim.
5- Verificar n vezes se o carro ficou fechado. Qual Jack Nicholson em Melhor é impossível! Tb acho que se vai tornar patológico.
Pronto, acho que se continuasse a pensar mais um pouco descobriria mtos mais "pormenores".
São estes que nos diferenciam uns dos outros, não? Que piada teríamos sem estes pequenos nadas!
bjs

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Será que é preciso um curso?!



A cena passa-se na chamada boutique de pão quente, mesmo ao pé de casa. Peço 10 pãezinhos integrais e questiono a empregada sobre o preço a pagar. De imediato, a diligente funcionária pega na máquina calculadora, vai carregando nas teclas, engana-se, aborrece-se, verfica o resultado, enfim, estaria a resolver algum assunto pendente, pensei eu; que azar, e eu que só queria comprar pão!

Após tão complicadas operações, lança a resposta, vitoriosa: «São 2 €, senhora.» A minha expressão não conseguiu esconder o que me passava pela cabeça, e a menina apressou-se a esclarecer: «Aumentou, são 20 cêntimos cada...».

Atrevo-me, portanto, a redigir o anúncio que futuramente veremos na montra de qualquer estabelecimento comercial: «Admite-se empregado/a experiente com formação superior na área da Matemática».

Ufa! Safa! Livra!

As interjeições são acompanhadas do “plec-plec-plec” característico do lançar do indicador contra o dedo médio que, por sua vez, se encontra unido ao polegar…
É que a pasta do Condomínio já não se encontra em meu poder!
Ufa! Safa! Livra!