Cotoveladas

domingo, janeiro 29, 2006

Neve não é certamente...
















fui ver ... era Neve!!
Aqui estão as provas físicas na viatura e no jardim...Oh que bonito, dirão os amantes dos flocos brancos e gelados, pois, pois. Bonito sim, de facto, mas para ver ao longe ou pela tv.
Sim, é certo que o miúdo viu neve pela primeira vez, foi giro, e até vimos nevar mesmo pela janela e bastante. Foi surpreendente! Mas...continuo a não achar piadinha nenhuma a estas manifestações invernis. Vocês disseram para eu pedir muito a praia tropical e o sol, que se concretizaria o desejo, não foi? Eu sabia que estavam a brincar, mas bolas! Ora aí está a resposta, assim ao jeito de vingança; o S. Pedro resolveu mandar um nevão para o Alentejo para me passarem as tosses e as refilices. "Ai achas que isso é inverno rigoroso?, então toma lá -1 grau negativos e uma nevezinha geladinha para acalmar os ânimos." E pronto, e levei com ele, e calar-me-ei para todo o sempre.
Adeus

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Amadeus, Amadeus



Bom, e que mais dizer... O "pilinhas" de Bruxelas vestido à Amadeus Mozart. Homenagem ou puro gozo, tanto faz, lembra a data. Faria hoje 250 anos! Não percam o filme Amadeus na RTP 1! Muito bom apesar dos anos que já tem.

Bocage








Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;

Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura,
Bebendo em níveas mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno;

Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades;

Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia em que se achou mais pachorrento.

Esta é a segunda versão de um soneto que muitos não conhecem e que, por razões óbvias, não publico e isto é só para lembrar que o ousado, irreverente, incompreendido, boémio e talentoso poeta será uma vez mais recordado, hoje à noite, aqui.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Descubra as diferenças!


Apesar da nostalgia que se apodera de mim ao rever certos programas que passam na RTP Memória, o que eu vi ontem mais parecia um sketch do Gato Fedorento, parodiando certas figuras públicas no ano de 1993.
O programa era o Raios e Coriscos, apresentado pela Manuela Moura Guedes (que, já me tinha esquecido, era inteligente, simpática, bonita e simples), que tinha como convidada especial Zita Seabra; pelo que percebi, o tema do programa era "Provocações". Os provocadores eram o Adolfo Luxúria Canibal, a Vera Lagoa, o Paulo Portas (versão director d'O Independente), o Herman José, o Vasco Pulido Valente e um qualquer publicitário que tinha produzido um anúncio em que se fazia um trocadilho era um umbigo feminino e o buraco do ozono.
Os "reis" da festa e da filosofia de algibeira foram (conseguem adivinhar?) o Paulo Portas e o Herman José, obviamente, deixando para trás a convidada principal, que se portou à altura.
Quanto ao nosso lendário humorista, já nessa altura se assumia como um "prostituto televisivo", para poder saciar os seus caprichos pessoais; e "inchava" cada vez que auto-caracterizava como tal. As roupinhas do início dos anos 90, a forma como se encostava ao Pulido Valente e se ria para o Paulo Portas compunham o resto do quadro.
Quanto ao director do jornal, durante uns tempos mais próximos conhecido como Paulinho das Feiras e, ao que parece, Ministro do Estado e da Defesa, cheguei à conclusão de que sofre de dupla personalidade (ou tripla, ou quádrupla, eu sei lá!). A postura era em tudo idêntica à daquele Cláudio Ramos (é assim que o rapazinho se chama?), das Celebridades e da Tertúlia Cor-de-Rosa: levantava os braços e gesticulava como uma bichona, falava sem parar com o tom o mais afectado e agudo possível e opinava como se fosse dono da verdade absoluta. Entre muitos "prontos", críticas aos políticos e a quem cedia a pressões para alcançar "um lugar ao sol", enunciou a frase da noite: «Sou geneticamente contra o poder!». Hilariante!
Fazendo uma reflexão sobre o que vi e ouvi, que, apesar de tudo, não se revestiu de grande novidade para mim, cheguei a uma grande conclusão: em 13 anos, há muita coisa que muda, mas também há muita coisa que fica na mesma.
A RTP Memória tem destas coisas!

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Life,oh life...

Só agora parece que finalmente me compenetrei da entrada do Novo Ano e do lema Ano Novo Vida Nova ser , de facto, uma coisa a cumprir. Tem de haver coisas que mudam. Depois de um mês mais ou menos num limbo tanto intelectual como físico, sinto-me agora com forças para abraçar algumas novas actividades complementares para me "aperfeiçoar" em vários aspectos.
A saber: Natação às 4ªs feiras nas boas piscinas da minha terra adoptiva; natação com o pequenote uma vez por semana também; massagens duas vezes por semana para tirar aqueles "senãos" que, cada vez mais, ocupam espaço no meu corpo; consultas com os vários médicos especialistas aos quais ando a fugir há uns anos; e o compromisso pessoal de tirar uma noite por semana (pelo menos) só para mim e meus pequenos prazeres, dos quais me tenho esquecido com facilidade, como ver um bom filme em DVD, continuar a leitura dos vários livros que tenho começados, escrever (dá-me sempre prazer, seja sobre o que for) ou ouvir música calma e relaxadamente.
Pois é! Pode parecer super banal, até mesmo estranho, mas quando passamos a ter uma família e principalmente um ser pequenino que depende de nós para tudo, todos estes pequenos prazeres perdem-se no tempo que não sobra, e só com alguma organização e esforço conseguimos pôr em prática coisas, de facto, tão banais!
Life is life!

Deus grego

A propósito do início do estudo da poesia, a professora propõe a audição de um texto sobre a descida de Orfeu aos Infernos. A “coisa” corre muito bem (os alunos gostaram, a professora que até tem uma queda pela mitologia, também…), mas um deles, que de adolescente inconsciente não tem mesmo nada, resolve pôr a professora à prova. Que mania!

O que se segue é um diálogo “à laia” de interrogatório:

Aluno- Mas Orfeu não existiu?
Professora- Não, é uma personagem mitológica.
A- De certeza?
P- (Pacientemente) Então ele não era filho de uma Musa?
A- Pois…
(Pausa)
E Ulisses?
P- Também não. É uma figura lendária.
A-Ah…
(Nova Pausa)
Mas Romeu e Julieta existiram…
P- Não, não existiram.
A- De certeza?
P- (Já com alguma falta de paciência) Sim, são personagens criadas por Shakespeare e, além disso, Romeu e Julieta não têm nada a ver com a Mitologia.
A- Ah…
(Pausa)
Mas Aquiles existiu.
P- Sim.
A- (Com espanto) Existiu??
P- Existiu, não: Existe! É o Brad Pitt, não sabe?

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Ufa! Até que enfim

que ficou decidido de uma vez. Já não podia ouvir falar de presidenciais e dos nossos medíocres candidatos.
Parabéns ao vencedor! Que não tenha políticas tão antipáticas (para não dizer feias) como a sua carantonha! Desculpem os Cavaquistas mas de facto a cara do sr. mete-me medo e o sorriso também!!!

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Tenho

Tenho uma grande constipação,
E toda a gente sabe como as grandes constipações
Alteram todo o sistema do universo,
Zangam-nos contra a vida,
E fazem espirrar até à metafísica.
Tenho o dia perdido cheio de me assoar.
Dói-me a cabeça indistintamente.
Triste condição para um poeta menor!
Hoje sou verdadeiramente um poeta menor.
O que fui outrora foi um desejo; partiu-se.

Adeus para sempre, rainha das fadas!
As tuas asas eram de sol, e eu cá vou andando.
Não estarei bem se não me deitar na cama.
Nunca estive bem senão deitando-me no universo.

Excusez un peu... Que grande constipação física!
Preciso de verdade e da aspirina.

Álvaro de Campos

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Os Putos


Uma bola de pano, num charco
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
O céu no olhar, dum puto.

Uma fisga que atira a esperança
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser criança
Contra a força dum chui, que é bruto.

Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos.

Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens.

As caricas brilhando na mão
A vontade que salta ao eixo
Um puto que diz que não
Se a porrada vier não deixo.

Um berlinde abafado na escola
Um pião na algibeira sem cor
Um puto que pede esmola
Porque a fome lhe abafa a dor.

José Carlos Ary dos Santos, 22 anos após a sua morte.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Esse pedacinho de mim

Pedaço perdido
Pedaço esquecido
Pedaço rasgado
Pedaço, onde estás?

Bocadinho de ar
Bocadinho de mar
Bocadinho de amar

De mais não dar
De mais hesitar
Demais existir

Por não te mostrares
Por não exibires
Por não invocares

Mas por te insurgires
Por me amargurares
Por me comeres

Ficou um espaço
Aberto
Eterno
Sedento
E sugando

Pedacinho
Vem e cola-te cá
Onde és esperado
Em mim.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Um Bombom para o Ego

Conversa de corredor:

- A mãe da aluna esteve cá hoje
- Ah sim?
- Sim, ela é muito nova; talvez tenha a minha idade.
- Ah, pois… Deve ter sido mãe muito cedo.
- Pois…
- Mas a Cotovia
(Claro que ele não me chamou de Cotovia) ainda não tem trinta, pois não?

Lembrando-me da minha amiga Snail, pensei em responder: “Tenho quase “tlinta e tlês!”
Mas, como a uma senhora não se pergunta a idade, limitei-me a sorrir e a engolir o Bombom…

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Aiiiii! - Parte III

"Aiii!" é o que eu digo ao sentir dores em cada milímetro de músculo do meu corpinho no dia seguinte a uma aula de yoga pós-dois-meses-de-paragem-por-ausência-de-espaço-para-praticar. Mas já tinha saudades!
P.S.: Cotovia, Snail, perdoem-me a falta de originalidade do título!

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Pensamentos Encaracolados

I
Não sei se foram influências que ficaram do Cebolinha na infância mas não consigo dizer este número de outro modo. Portanto, a partir de hoje, à pergunta "Que idade tem?" já me imagino nas finanças ou no banco a sair-me um lindo: Tlinta e tlês!

II
Cada dia que passa vejo em mim mais um pouco daquela coisa medonha que assola as fêmeas da nossa espécie… conseguem adivinhar o quê?

III
Depois de uma viagem de automóvel na grande cidade, percebo sempre que o meu maior desejo, por alguns momentos, era ser uma super-heroína, campeã de kickboxing para dar umas boas “lições” aos nossos grosseiros macho men.

Porque os olhos também bebem

terça-feira, janeiro 10, 2006

A Ajuda de Berço está a promover, desde Junho de 2001, uma campanha, na Internet, de apoio às crianças da instituição. Para ajudar, basta clicar aqui uma vez por dia.


Happy Birthday to you,

Happy Birthday to you,

Happy Birthday dear Snail,

Happy Birthday to you!

(Clap, clap, clap)

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Aiiiiii também

porque não preguei olho a ver a febre do meu pimpolho de hora a hora e acordei para esta 2º feira como uma zombie! Seguimento lógico : fiquei de "baixa" para acompanhamento do pimpolho em casa, o que pode parecer menos mal, mas não é nada. Estou de castigo desde sábado à tarde! Ossos de mamã! Habituem-se as futuras aspirantes ao cargo! Hoje até me apetecia ter ido trabalhar, incrível não é?, vestir-me e gozar um pouco o dia. Et voilá, goza-se em casa o melhor possível!




Sleepy snail!

Aiiiiiii!

sábado, janeiro 07, 2006

E não é em Portugal?

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Magos Fedorentos


- A Estrela?
- Qual Estrela?
- A Estrela!
-Qual Estrela?
-A Estrela.
(Para ser lido muito rápido)
- Qual Estrela?
- A Estrela.
- Qual Estrela?
- A Estrela.
- Qual Estrela?
- A Estrela.
(mais rápido ainda)
- Qual Estrela?
- A Estrela.
- Qual Estrela?
- A Estrela.
- Qual Estrela?
- A Estrela.
- Qual Estrela?
- A Estrela.
- Qual Estrela?
- A Estrela.
- Qual Estrela?
- A Estrela.
(Com admiração)
- Ah!!! A Estrela!!!!

- Qual Estrela?
- A Estrela.



quinta-feira, janeiro 05, 2006

Seleccionar, organizar, furar, agrafar, arquivar, rasgar... Ufa!, foi assim o meu serão. Mas valeu a pena, tenho um escritório que é (quase...) um brinco! Quando se deixa acumular papéis por mais de ano e meio calha-nos destas! Mas há coisas piores...

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Dor de cotovelo!


Também quero uma "cara" nova!! Buaaaaaaaaaá!!

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Viva 2006!



A passagem de ano foi o pretexto ideal para uma escapadinha de dois dias até Albufeira. O convite para passar a meia-noite ao som de Santos e Pecadores, no areal da Praia dos Pescadores, partiu da amiga Snail, fã incondicional do grupo, vá-se lá saber porquê...

A animação começou logo na viagem de ida, em que tivemos como companheiros de asfalto os participantes no Lisboa-Dakar; constatámos que muitos deles não cumpriam o limite de velocidade imposto pela lei, e também que conduzir em auto-estrada não é o seu forte, a avaliar pelo piloto húngaro que nos ia abalroando com o seu jipe.

Um dos momentos altos da noite foi o concerto de Santos e Pecadores, que cativaram e entusiasmaram o público com a sua simpatia e o seu calor; entoando as canções de braços no ar, ao ritmo da música, os fãs iam resistindo à chuva miudinha que teimava em marcar a proximidade do novo ano. Para nós, o espectáculo começou logo no restaurante quando, entre comida italiana e boa disposição, cantámos e dançámos ao som dos primeiros acordes vindos do palco, lá mais ao fundo da rua. No entanto, a grande molha veio quando o Bruno Nogueira, apresentador do espectáculo, fez a contagem decrescente: "5, 4, 3... Ah!, sim? Já foi? Viva 2006!", mas desta vez de champanhe, o que me levou à entrada de ano mais original que alguma vez tive, agachada no areal, com o capuz na cabeça, mais parecia que tinha ido "a campo", como se diz na terra do meu pai... No meio de muita risota, desejos de próspero ano e de 12 passas, que é a única das tradições de que não abdico nesta noite, passámos à parte "vip" da festa, no "backstage", com as estrelas da música, aquelas que já tinham brilhado e as outras que viriam a seguir, os Xutos e Pontapés.

Este foi, para mim, um concerto diferente, pois ouvi o "Circo de Feras" e "O Homem do Leme", com o público de frente, praticamente no palco, a escassos metros da minha banda de culto. Deu para ver de perto a azáfama de um concerto, com todas as pessoas que isso movimenta, e também o "gozo" com que o Tim, o Zé Pedro, o João Cabeleira e o Kalú estão em palco.

Devo dizer, no entanto, que o que marcou mesmo o fim-de-semana foi a alegria, o convívio com os amigos, em especial a Snail e a Alface e o optimismo com que recebemos 2006. Eu, por mim, que estou numa onda positiva, antevejo doze meses recheados de coisas boas.

Votos de um Feliz Ano Novo!