Cotoveladas

domingo, outubro 30, 2005

Padrecito...


Quando em 1876 Eça de Queirós publicou O Crime do Padre Amaro, não imaginaria que, mais de um século e duas décadas depois, fosse adaptado ao cinema, passando a intriga a ter lugar no México do século XX.
O Clero, segundo Eça, estava desvirtuado por uma defeituosa educação de seminário, que originava recalcamentos e um modo de ser hipócrita, convertendo a religião num condimento de vícios secretos. A avaliar pelo incómodo que o filme provocou nos membros da Igreja dos nossos dias, nada parece mais actual!
Três anos depois de ter visto o filme pela primeira vez com os meus alunos do ensino recorrente (desconfio que as alunas não prestaram grande atenção à história, antes ao actor principal...) , deliciei-me a rever Gael García Bernal no papel do padrecito que se perde de amores pela filha da Sanjoaneira e a revoltar-me perante a hipocrisia do ser humano.
A não perder, para quem ainda não teve a oportunidade de ver. E, já agora, falando de García Bernal, aproveitem para alugar Os Diários de Che Guevara, La Mala Educación e Amores Perros.

3 Comments:

  • Gael merece sem dúvida o nosso aplauso, seja pelas interpretações como pela carinha bonita.
    Em relação à história, parece que já saiu mais uma adaptação para o cinema, desta vez falada em Português. Veremos como está!
    Bjs

    By Blogger Snail, at 6:17 da tarde  

  • Também tenho curiosidade em ver esta adaptação portuguesa. Vamos ver se não fica atrás da mexicana!
    Beijinhos.

    By Blogger Pantera Cor-de-Rosa, at 11:56 da tarde  

  • Segundo a crítica, a adaptação portuguesa fica muito atrás da mexicana. O condensar de uma série televisiva de alguns episódios num filme para cinema parece que não resultou muito bem.

    By Blogger Cotovia, at 11:52 da manhã  

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