Doentes muito especiais

Qual é a mãe, filha, avó ou neta deste país que não deixou já um ente querido no Hospital das Bonecas? Ainda me lembro de, pela mão da minha mãe, apanhar o comboio para Lisboa, sair na velhinha estação do Rossio, lanchar na Suíça e ir à Praça da Figueira internar as bonecas e os peluches mais azarados ou cuja longa vida deixava já marcas visíveis. E lá ficavam os meus meninos internados, por quanto tempo não me recordo, mas era para mim um mistério ver que, quando lhes davam alta, vinham novinhos em folha.
Tinha ouvido dizer, aqui há uns anos, que este hospital tão especial iria fechar portas, mas, descobri agora que, graças a uma educadora de infância, continua a fazer as alegrias de muitas pessoas, sejam elas crianças de idade ou de espírito. Esta novidade fez-me decidir que na minha próxima ida à baixa lisboeta vou fazer uma visita a estes doentinhos!
3 Comments:
É verdade, tanta boneca que a minha mãe levou para esse hospital. Faziam verdadeiros milagres e arrancavam-nos os maiores sorrisos com os nossos bonecos curaditos.
Hoje em dia, a política é mais do usa, estraga, deita fora e compra outro. Por isso, acho muito bem que se preserve uma relíquia dessas.
Beijinhos "embonecados":)
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Carla Motah, at 5:18 da tarde
pois eu saloia da província pensava que era um mito urbano e afinal funcionava mesmo. Já sei o que fazer com a bonecada doente da baby-shelf. bjs
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t-shelf, at 10:06 da manhã
Era sempre a minha mãe que me levava as bonecas ao Hospital das Bonecas e, quando, mais tarde, vi uma reportagem na televisão foi a desconstrução completa da imagem que eu tinha de tal lugar! Aquilo era mais uma oficina do que um Hospital! :(
Foi mais ou menos semelhante àquela vez em que tive de segurar as lágrimas, quando, na catequese, me disseram: "vocês já são grandes e sabem que o Pai Natal não existe..." :(
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Cotovia, at 8:49 da manhã
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